WHITE, O lar adventista, 1995
A vida do pastor é cheia de desafios e obstáculos que o levam a vencer ou desistir da luta em que escolheu enfrentar. O pastor deve dar atenção para a igreja e membros, mas não pode deixar de lado sua família. É comum no ministério pastoral se deixar levar pelos compromissos ocasionando em “abandono” do lar.
Essa preocupação invade todas as famílias que acabam sendo prejudicadas pela pouca assistência do pastor como marido e pai. Muitas esposas de pastores ficam estressadas e preferem desistir do casamento, mas não pára por aqui. De forma intensa, têm os filhos de pastores, passado por sérios problemas de ordem psicológica e a pressão social faz acarretar em distúrbios que os levam a se tornarem rebeldes e por vezes agressivos.
Este estudo limitou-se à pesquisa bibliográfica e eletrônica embasados nos conhecimentos e idéias de seus autores: Silva (1997), Soares (2005), Wilder (1989), White (1995), Streeter (1986) e outros.
De acordo com os autores, o pastor deve ter o devido cuidado com a igreja sem que suas atividades interfiram ou prejudique seu relacionamento e deveres como chefe da família.
Enfoca-se a esposa e os filhos do pastor como principais personagens, mas também demonstra qual é o papel do pastor como marido e pai e as reações dos membros da família.
Não estamos apenas analisando o lado negativo (mesmo porque, num lar com mais de um filho pode haver variantes onde um é dedicado à causa de Deus e o outro totalmente revoltado), mas também os benefícios de ser pastor, principalmente quando há harmonia nos lares pela sábia administração familiar e busca constante da orientação divina.
Quando um homem aceita as responsabilidades de pastor, declara ser um porta-voz de Deus, para receber as palavras da boca de Deus e dá-las ao povo. Quão intimamente então deve ele conservar-se ao lado do Grande Pastor; quão humildemente deve andar diante de Deus, ocultando-se a si mesmo para exaltar a Cristo! E quão importante é que o caráter de sua esposa seja segundo o padrão da Bíblia, e que seus filhos estejam em sujeição com toda a seriedade![1]
Nota-se a necessidade de pesquisar e saber mais sobre o assunto, trazendo à tona a realidade nos lares ministeriais.
Deste modo, preocupar-se com o tema é de fundamental importância para desvendar e/ou entender os conflitos e glórias da família pastoral.
O processo de construção deste estudo “O pastor como marido e pai e a reação da família” deu início no começo do primeiro semestre de 2005. A documentação foi feita através de muita leitura em livros e pesquisa eletrônica que resultou em melhor aprendizado tanto na área metodológica como na área familiar comportamental.
À medida que se pesquisava mais e mais envolvente se tornava e mais crescia o interesse e preocupação com os futuros pastores, os teologandos, em suas atividades familiares.
O PASTOR
O pastor é uma pessoa escolhida, separada para desempenhar uma missão divina e dentro dele arde o desejo de fazer o melhor para Cristo. Ele guarda em sua consciência a responsabilidade de efetuar o seu papel como ministro.
Sua vida de estudo nas diversas áreas capacita-o para enfrentar os desafios que virão pela frente de forma maleável e prudente. Ele é um exemplo e, por onde ele passa está sendo observado. Suas atitudes a ações determinarão o seu caráter e conduzirão para a manifestação benéfica ou maléfica.
Sabemos que a maioria das pessoas pensa que o pastor não passa por problemas, acham que leva uma vida muito boa, tem emprego garantido, benefícios, é um homem de Deus, seu trabalho envolve a Sua palavra, realiza visitas, faz aconselhamentos, tem sempre uma resposta para os problemas alheios, sabe pregar. Tudo isso é maravilhoso, não dá nem para imaginar numa possibilidade de o pastor ter problemas conjugais ou com os filhos. Talvez a tarefa mais difícil seja administrar o lar. “O obreiro precisa ter visão correta das prioridades do seu ministério. É saber definir o que deve ser feito primeiro numa série de atitudes ou comportamentos. É uma questão de ordem nas coisas.”[2]
Como todo ser humano, o pastor também viver as emoções que a vida proporciona, ficando ele sujeito a decepções, tristezas, alegrias, raivas, felicidades, satisfações... Tudo isso nos leva a crer que, sendo assim, há necessidade do convívio constante com Deus para se ter um equilíbrio espiritual, psicológico e adquirir uma inteligência emocional racional.
Em muitas famílias há seus problemas, mas em maior destaque está na família pastoral. Todos os olhos estão voltados para o pastor e sua família, assim, qualquer passo em falso... Hei!!!... Pronto! Lá vai o nome do pastor para a língua do povo.
O pastor e a sociedade
Hoje a imagem do pastor anda em baixa ante a sociedade de modo geral. São tantas as religiões, cada uma com sua ideologia, cada uma com seu sistema. Os noticiários andam como, por assim dizer, perseguindo os pastores. É uma notícia atrás da outra e, para a maioria, o pastor não passa de mais um vigarista que suga o dinheiro dos membros.
Infelizmente até em nosso meio encontramos pastores desonestos que não conseguem manter uma vida íntegra e vive, de alguma forma, desviando dinheiro sagrado para despesas próprias, sem falar de outra maioria que se entrega às paixões carnais e acabam em adultério, por vezes, com uma irmã da igreja.
Claro, não podemos generalizar, ainda existem milhares de pessoas que necessitam e que acreditam piamente que o pastor é um ungido do Senhor, um homem de Deus e é neste momento em que o pastor, que está corretamente no caminho do Senhor, cumpra seu papel fundamentado na verdadeira rocha que é Cristo.
O Pastor e a igreja
Sendo um ungido do Senhor, cabe ao pastor andar retamente nos preceitos de Deus e atender vividamente às necessidades de sua igreja a qual foi lhe entregue em total responsabilidade. O pastor que tem consciência de sua missão buscará sabedoria para decidir o que deve ou não fazer nas diversas situações.
Lamentavelmente temos observado pastores que não se enquadram no perfil de integridade e lealdade. O que muitas vezes vemos são profissionais, administradores e técnicos que trabalham na obra do Senhor, mas não conhecem o Senhor da obra.
O pastor e a família
Por estar tão envolvido com sua atividade e responsabilidade religiosa o pastor acaba negligenciando sua participação como condutor do lar. Passa tanto tempo dedicando sua vida à causa de Deus, tanto estudo, tanta preocupação que o tempo e a paciência parecem esgotar em relação à sua família.
"A esposa e os filhos precisam se sentir importantes na vida do esposo e do pai. Da mesma forma que, como pastor, ele não falta a um compromisso assumido com os irmãos, como esposo e pai, não deve, de forma alguma, deixar de cumprir os compromissos assumidos com a sua família. Esse papel de esposo e pai não deve ser encarado como mais uma obrigação, mas, sim, como uma experiência extremamente agradável e revigorante, pois faz parte dos planos de Deus para a família dos seus ungidos." [3]
Espera sempre que, sendo ele um servo de Deus, obtenha compreensão e paciência dos seus filhos e esposa em relação à sua ausência no lar, e com isso vai perdendo o respeito e o amor dos mesmos.
Aquele, porém, que busca iluminação dos céus e consegue equilibrar seus deveres no lar e na igreja, torna-se um vitorioso aos olhos humanos.
O pai de família
O pastor tem as mesmas responsabilidades que qualquer pai de família. Jamais deve deixar os seus de lado para cuidar dos outros. “O pastor que pensa na sua família, quando organiza sua agenda de trabalhos, com certeza, obterá melhores resultados no cumprimento de suas tarefas junto à igreja que pastoreia.”[4]
Sua atenção e carinho devem ser dobrados para suprir a sua ausência. Seus momentos com a família devem sempre deixar um gostinho de quero mais. “Quando estes deixam de governar a sua casa, estão pelo seu mau exemplo, transviando a muitos. Sua culpa é tanto maior do que a dos outros quanto sua posição é de maior responsabilidade”.[5]
A esposa do pastor
Ser esposa é um privilégio de poucas. São muitas as bênçãos, pois ela faz parte do ministério designado ao marido. Seu companheirismo, atenção, cuidado e amor contribuem para que a obra do Senhor seja realizada de maneira mais plena. O que seria do pastor sem a sua auxiliadora?
Na realidade, essa não tem sido uma tarefa muito fácil, pois muitas esposas têm sentido muita falta da presença dos maridos que passam, às vezes, mais tempo fora do que dentro de casa e, mesmo quando estão, sentem-se demasiadamente cansados para dar a devida atenção, tratam suas esposas como domésticas querendo tudo pronto no momento de sua volta.
Este é um ponto em que se deve uma atenção dobrada, Soares afirma que “O pastor deve cuidar de sua família com o mesmo zelo que lhe é exigido no cuidado com a Igreja. Deve separar tempo, a fim de oferecer atenção especial à esposa e aos filhos.” [6]
A esposa do pastor está relacionada importantemente no ministério pastoral. Sua influência pode afetar diretamente o esposo que por vez já está sobrecarregado de problemas dos membros e igreja e é neste momento em que se deve ter maior paciência. “A esposa de um pastor poder ser a mais bem-sucedida ajudadora e uma grande bênção a seu marido ou um estorvo em sua obra. Depende muito da esposa se seu marido subirá dia a dia em sua esfera de utilidade ou se descerá ao nível vulgar.” [7] Por sua vez, o pastor também deve saber como lidar com a esposa, tratando-a como a preciosidade mais valiosa do mundo, respeitando-a e fazendo com que os filhos tomem o exemplo de amor. “O marido que protege a esposa contra a falta de respeito e de cortesia dos filhos, instala neles o senso de respeito para com todas as mulheres.” [8]
É muito difícil para uma mulher aceitar um tratamento frio e indiferente. O pastor deve se preocupar mais com sua família para não perdê-la do que com a assistência às igrejas.
"Se perderes tua mulher, ninguém mais dará ouvidos ao que disseres. Podes construir uma grande igreja, mas se o teu lar se despedaçar, perderás o teu ministério [...] a igreja depende de tua vida familiar. Trarás mais desgraça ao ministério com teu divórcio do que todos os outros benefícios... ademais, todos os crentes estão olhando para teus filhos... teu ministério primário deve ser teus filhos. Eles devem ser os membros principais de tua igreja. Então, juntos, tu, tua esposa e teus filhos edificareis a igreja.” [9]
Se os pastores buscam a organização familiar mantendo a privacidade do lar, conseguirá evitar um acarretamento de atividades no qual facilitará em muito a vida familiar.
Os filhos são bênçãos para o casal, foi assim durante muitos séculos, mas hoje ser filho de pastor é um grande desafio. Ao tratar desse assunto vem logo à cabeça a palavra “exemplo”. As pessoas ao seu redor não admitem que um filho de pastor cometa algum erro. Eles são observados a todo instante, dando a impressão que são pessoas de outro mundo, que não passam por problemas nem decepções.
Para muitos, o filho de pastor não pode perder a calma nem sair da linha. “Em certos momentos a cobrança chega a ser excessiva, impondo-lhes rótulos do tipo: metidos, protegidos. Um erro por parte deles pode ser fatal, e a oportunidade de ouro para os acusadores de plantão os difamarem com expressões: É filho de pastor! E diz que é crente! E nessa, não são os filhos, mas os pais (os pastores, no caso) também são caluniados.”[10] Nessa cobrança, como se não bastasse, vem agora o pai-pastor com a mesma ideologia e, protegendo a imagem, tenta reprimir o filho, mas a sua tentativa só o deixa mais indignado que antes. Parece ser mais fácil privar os filhos do que entendê-los.
White, trazendo orientações aos obreiros comenta que “Os filhos dos pastores são, em certos casos, os mais negligenciados do mundo, pela razão de que os pais não estão com eles senão por pouco tempo, e ficam na liberdade de escolher suas ocupações e entretenimentos”.[11]
Os filhos passam por muitos problemas com a sociedade e família. A cobrança constante dá a impressão que nasceram como filhos de pastor para sofrer, porém, o pai-pastor deve mostrar que foram separados não para o mal e sim para o bem, encorajando-os e animando-os a superar os obstáculos de uma família pastoral, mostrando a recompensa, não terrestre, preparada para os que servem no ministério do Céu. Além disso, deve o pai-pastor dedicar tempo para estar com os filhos, brincando, conversando, passeando e participando das atividades sociais, extra religiosa, como: ir à lanchonete, ir ao shoping, parque...
O Pastor que preza por uma família unida e harmoniosa procurará manter seu temperamento controlando até seu tom de voz, não usando expressões grosseiras ou estúpidas, evitando provocar a ira de seus filhos.
"A maneira como os pais lidam com a raiva é muito importante porque as crianças são muito sensíveis às expressões de ira dos pais. É possível para elas se desviarem ou reagir de forma casual. Mesmo um único incidente de explosão de raiva pode causar extrema dor, assim como o controle maduro da raiva pode intensificar o amor entre pais e filhos. O comportamento depressivo dos pais pode causar culpa nos filhos [...] Fica difícil para os pais estabelecer e exigir limites." [12]
Consultando o manual de instrução
Para alcançar um lar feliz e harmonioso é preciso vencer a batalha da rotina. Uma família unida não se conquista da noite para o dia, exige-se esforço e dedicação. Assim como uma liga esportiva que quer vencer numa olimpíadas treina todos os dias para obter o êxito, assim também o pastor deve lutar, pois a guerra é também espiritual.
"Satanás está sempre em atividade para enganar e levar ao extravio pastores aos quais Deus escolheu para pregar a verdade. A mais eficaz maneira em que ele pode atuar é mediante as influências do lar, por meio de companheiras não consagradas. Se lhes pode controlar a mente, logra através dela mais prontamente ganhar acesso ao marido, que está laborando na palavra e na doutrina para ganhar almas. [...] Satanás não tem tido mãos a medir em controlar as atividades dos pastores mediante a influência de companheiras comodistas e egoístas." [13]
Veremos a seguir algumas orientações que servirão de farol para nortear o rumo dos pastores que querem ter sucesso no relacionamento familiar:
Qualidade do pastor
A Bíblia traz as características de um obreiro dedicado ao serviço de Deus deixando bem claro e receita do sucesso. O apóstolo Paulo em uma de suas carta a Timóteo escreve:
"Fiel é a palavra: se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja. É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento; e que governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito (pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?); não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo. Pelo contrário, é necessário que ele tenha bom testemunho dos de fora, a fim de não cair no opróbrio e no laço do diabo." (I Tm 3:2-7)
É perceptível a grande responsabilidade na qual envolve o pastor em relação à família. Se o pastor seguisse essa relação de qualidade descrita nas Escrituras Sagradas não haveria necessidades de artigos como este.
Pastor: marido e pai
Em nenhum momento o ministério dispensa o pastor de suas obrigações como marido, cabe a ele dar o carinho e afeto necessário para fazê-la feliz e realizada. O marido não pode deixar sua esposa de lado crendo que ela o aceitará exatamente como as coisas estão sendo conduzidas. Antes de serem esposas, são mulheres, que necessitam de companheirismo, atenção, reconhecimento, amor e até mesmo uma relação sexual prazerosa.
"O marido conceda à esposa o que lhe é devido, e também, semelhantemente, a esposa, ao seu marido. A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim o marido; e também, semelhantemente, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim a mulher. Não vos priveis um ao outro, salvo talvez por mútuo consentimento, por algum tempo, para vos dedicardes à oração e, novamente, vos ajuntardes, para que Satanás não vos tente por causa da incontinência." (I Cor. 7. 3-5).
Além de ser marido e pai é ainda o Sacerdote do lar, portanto o culto familiar é de fundamental importância para o bom relacionamento. O diálogo nunca deve faltar, pois é através dele que todos os problemas poderão ser solucionados. Ser feliz com a esposa que escolheu viver, honrando o juramento que foi feito no altar do Senhor.
Enfim, os filhos, jóias raras que Deus os confiou nas mãos dos pais. Pastores conduzam seus filhos no reto caminho de Deus, não por força nem por agressão, mas pelo amor. Os filhos não devem em hipótese alguma sentir-se obrigados a seguir a fé cristã por intermédio da vontade do pai, mas por espontaneidade própria. Deve sentir-se amigo de Deus, ansiá-lo tê-lo a cada momento de suas vidas.
"Os pais são dados à criança por estas razões: para suprir suas necessidades e para guiá-las. Ambas são essenciais para que toda a personalidade da criança possa ser desenvolvida até atingir a sua plena riqueza. [...] “Não importa que idade tenham [filhos], devemos ter muito cuidado ao dizer ‘não’ ou ao criticá-los asperamente na presença dos seus amigos ou outras pessoas.” [14]
Trate as crianças com doçura não ferindo suas emoções. Torne-se o melhor amigo de seus filhos. Se o não fizer, o mundo se encarregará disto.
O pastor com auxilio da esposa deve seguir estas orientações de Deus para manter firmes os alicerces da família:
· Afeto. (Fp 2.1,2; Sl 2.12; Os 11.1a,4a);
· Cuidados espirituais. (Dt 11.18-21; Ef 6.4).
· O culto doméstico é indispensável.
· Cuidados gerais: Alimento, educação, saúde e demais necesidades.
· Comunicação: É preciso dar tempo para conversar com os filhos. Não provocá-los à ira (Ef 6.4); não irritá-los (Cl 3.21). PEDIR PERDÃO, quando errar.
· Disciplina: (Hb 12.7; Pv 19.18). Ver Jr 31.20.
Não poderíamos deixar de lado algo muito importante e que tem sido o foco dos principais desajustes na administração pastoral. Como fica a ordem de prioridades na vida de um ministro de Deus? É sobre ela que iremos analisar:
1) DEUS, 2) OBREIRO, 3) ESPOSA, 4) FILHOS, 5) IGREJA.
A igreja por último? Exatamente. Para cuidar dela, é necessário:
Primeiro: buscar a Deus (Mt 6.33); Isso é indiscutível.
Segundo: cuidar da própria vida de obreiro (1 Tm 4.16) para ser exemplo (1 Tm 4.12b; Tg 2.12);
Terceiro: cuidar da esposa (1 Tm 3.2a; Tt 1.5,6a; 1 Tm 3.12); A falta desse cuidado tem dado brecha para o Diabo destruir muitos ministérios, outrora tão promissores.
Quarto: cuidar dos seus próprios filhos (antes de cuidar dos filhos dos outros) (1 Tm 3.4-5;5.8). É triste procurar ganhar os filhos dos outros e perder toda a família.
Quinto: CUIDAR DA IGREJA. Ela é um alvo importante. Sem as pré-condições, há muito insucesso. [15]
São muitos os casos de pastores que deixaram de ser reconhecidos até mundialmente por conta de não saberem colocar a ordem certa das prioridades. A busca pela orientação divina é o caminho certo para a vitória.
Percebemos que o pastor tem uma grande responsabilidade nessa jornada. Não basta ser um bom pastor. Tem que ser um bom administrador do lar, conduzindo a família em primeiro lugar aos pés Cristo. A dedicação à igreja é de suma importância, no entanto, não obterá sucesso se essa dedicação não tiver bases fortes na família.
À esposa deve-se atenção especial, fazendo-a com que se sinta no esposo a presença de Cristo. “A esposa deve ver Cristo em seu marido. Ela tem que se firmar, pela fé, no fato de que ao honrar o marido está honrando a Cristo, que o designou para ser a cabeça.” [16]
Por sua vez, notamos que a esposa deve ser uma auxiliadora e que todos os seus atos contribuam para o crescimento e desempenho espiritual do pastor. Os dois numa só carne, num só propósito: levar almas aos pés de Cristo. Quando há essa harmonia tudo corre perfeitamente bem.
Aos pais cabe conduzir seus filhos aos céus, transformando a dura jornada em prazer e alegria. Ao buscar a compreensão, estará dando a oportunidade de abrir-lhes os olhos para perceber as bênçãos de fazer parte da família pastoral.
O exemplo do pai-pastor fala mais alto que suas palavra em sermões profundamente espirituais. Deve-se saber como dirigir-lhes a palavra, não lhe provocando a ira.
"Nenhum filme fotográfico é mais sensível quanto o espírito de uma criança. As imagens que são impressas aí determinam a direção e o destino de uma criança. [...] Como pais, somos professores sem férias. Como as ações de nossos filhos que mais nos perturbam são geralmente reflexos de nosso desempenho, devemos olhar para nós mesmos com toda honestidade. Precisamos procurar ser pessoas de verdade – livres de hipocrisia." [17]
Por fim, ao avaliarmos as necessidades de um relacionamento com sucesso, embasados em algo seguro e eficaz, nos deparamos com a Palavra de Deus que é o nosso manual para todos os problemas. É somente com a comunhão com o Pai Maior em família que essa conquista é possível. Deus mostra o caminho, cabe a nós seguí-lo.
Esperamos que Deus, o criador da Família, antes mesmo de criar a Igreja ou o Ministério, nos faça entender pelo Espírito Santo, o Professor Excelente, que Ele fez tudo a seu tempo (prioridade) e há tempo para todo o propósito debaixo do céu (oportunidade) e mais ainda que a família tem um importante lugar nas prioridades de Deus. Ela não pode nem deve ser negligenciada. É alto o preço a pagar por aqueles que, em nome da Obra ou da Igreja, não levam em conta o valor da esposa, dos filhos ou da família. Que Deus nos ajude a entender que o primeiro púlpito deve ser o do Culto Doméstico; que as primeiras almas que temos o dever de ganhar para Jesus são nossos queridos familiares.
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REFERÊNCIAS
[1] WHITE. O lar adventista. São Paulo: Casa, 1995. p. 355.
[2] LIMA. Obreiro e sua família.
[3] SOARES. A família do pastor.
[4] Idem. Ibid.
[5] WHITE. Patriarcas e Profetas, Tatuí: Casa, 1995, p. 579.
[6] SOARES, Ibid.
[7] Apud WHITE. O lar adventista. São Paulo: Casa, 1995. p. 355.
[8] CHRISTESON. A família do cristão. Belo Horizonte: Betânia, 1996. p165.
[9] LIMA. Obreiro e sua família.
[10] COSTA. Filho de pastor: parentesco ou enigma?
[11] WHITE, Obreiros Evangélicos, São Paulo: Casa, 2000. p. 206.
[12] CAMPBELL. Filhos em perigo. São Paulo: Mundo Cristão, 2000. p. 98 e 103.
[13] Obras de Ellen G. White. Testimonies, vol. 1. 2ª vers. Tatuí: Casa Midia. [2002] CD-ROM.
[14] STREETER. Filhos precisam de pais. São Paulo: Fiel, 1986.
[15] LIMA. Obreiro e sua família. Disponível em:
[17] DRESCHER. Agora é hora de amar seu filho. São Paulo: Mundo Cristão, 1991. p. 36.
2 comentários:
muito bom. Deus o abençoe.
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